Estado Islâmico: o terror do oriente

Nos últimos anos, com o vazio criado pela guerra civil da síria, os extremistas aproveitaram este momento para se infiltrar entre os rebeldes sírios, roubando armas enviadas pelos americanos para tentar derrubar o regime do ditador Bashar Al-Assad. O grupo tomou mais de 30% da Síria, incluindo os campos de petróleo para ajudar a financiar o terrorismo. Em junho de 2014, os radicais avançaram pelo Iraque e conquistaram a segunda maior cidade iraquiana, Mosul, e estão a 100 quilômetros de Bagdá.

Para conter o avanço dos extremistas, a Força Aérea Americana atacou o Iraque pela primeira vez em quase 3 anos. Segundo o presidente dos EUA, Barack Obama, a ação aconteceu para proteger os cidadãos americanos que habitam essa região e milhares de iraquianos cercados pelo Estado Islâmico.


A revista canadense Vice produziu um documentário mostrando, em detalhes, as ambições e a crueldade dos extremistas na Síria.Guiado pelo assessor de imprensa do Estado Islâmico, Abu Mosa, o documentarista transitou por trechos com maior concentração dos radicais, desde as mesquitas até os bairros estratégicos.
  
Dias depois, o comandante Abu-Bakr al-Baghdadi, também conhecido como "príncipe dos fiéis", assumiu o mesmo nome do primeiro sucessor do profeta Maomé, e fez uma de suas poucas aparições públicas em uma mesquita. Além disso, se autoproclamou o califa dos muçulmanos.

No documentário, as ideologias do Estado Islâmico são ensinadas para as crianças, como é o caso de Abdullah que ensina ódio ao filho na frente da câmera. "Por que matamos os infiéis?", o Abdullah pergunta. "Porque eles matam muçulmanos", o menino hesita, mas responde.

Mas é justamente no suposto Centro Islâmico que as crianças se esquecem de Deus, e só falam em terrorismo. "Prometemos a vocês carros-bomba e explosivos", diz um menino. "Vamos destruir todos aqueles que forem contra o Estado Islâmico. Vamos lutar por Abu-Bakr al-Baghdadi".

Fiscais do Estado Islâmico proíbem propagandas com fotografias nas lojas. Proíbem a venda de bebidas alcoólicas. E quem é preso por descumprir a lei do califado sabe que o mínimo que pode acontecer é levar chibatadas. Mas para quem comete crimes graves, como um homem apanhado com drogas, a pena é de morte.

Os extremistas já fizeram ataques dentro do país e, há dois meses no Iraque, sequestraram 49 diplomatas turcos, que nunca mais foram vistos. A violência praticada em nome da religião não é mais novidade na Turquia. Quando Istambul ainda se chamava Constantinopla, no século XV, a principal igreja da cidade foi cenário de uma batalha sangrenta entre muçulmanos e cristãos, e acabou transformada em mesquita. Na Hagia Sophia, ou Santa Sofia, as marcas da violência aparecem até hoje nas cruzes de ferro e de mármore arrancadas para que ninguém se lembrasse que o templo, um dia, tinha sido uma igreja.

Na religião defendida a bala pelos extremistas do Estado Islâmico, a mensagem do Alcorão, o livro que, segundo a tradição islâmica, foi revelado por Deus a Maomé, fica restrita a algumas linhas que, segundo estudiosos, foram mal interpretadas.

"Queiram ou não, vamos estabelecer a lei islâmica nesta terra", diz o combatente Abu Laith.

Quer dizer então que o Estado Islâmico representa os muçulmanos do mundo? Representa, por exemplo, os palestinos que rezam pacificamente em uma mesquita em Jerusalém? Representam os trabalhadores turcos que lavam seus pés antes de entrar na mesquita azul em Istambul?


O que é o Estado Islâmico?

O Estado Islâmico é um grupo jihadista do Oriente Médio, considerado terrorista pela Organização das Nações Unidas (ONU). Originalmente, o grupo começou sua atuação através da união de diversos grupos terroristas, entre eles: Al-Qaeda no Iraque em 2003, porém foram acontecendo diversas mudanças de integrantes e do Califa (representante). Logo, em junho de 2014, Abu Bakr al-Baghdadi foi nomeado califa e o grupo passou a ser chamado de Estado Islâmico.

A política adotada pelo ISIS (Islamic State in Iraq and Syria) é baseada pela ideologia anti-ocidental extrema do Islã, promovendo a violência religiosa e considerando como infiéis as pessoas que não concordam com a sua crença. O grupo terrorista é responsável pelo genocídio de milhares de cristãos na guerra da Síria e nos demais territórios já conquistados. 


O Alcorão

Sabemos que o Alcorão é o livro sagrado do Islã  e os muculmanos acreditam que este livro é a palavra literal de D'us, chamado de Alá, revelada pelo profeta Muhammed (Maomé) ao longo de 23 anos. Porém, ao contrário do conteúdo midiatizado pelos meios de comunicação, este livro prega a paz no mundo muçulmano e castigam aqueles que são considerados infiéis, ou seja, possuem uma cultura religiosa diferente. Veja a seguir quatro frases do Alcorão, onde a intolerância se manifesta contra essas pessoas que divergem do Islã:


“E quando vos enfrentardes com os incrédulos, (em batalha), golpeai-lhes os pescoços, até que os tenhais dominado, e tomai (os sobreviventes).”
Alcorão 47:4

"Matai-os onde quer se os encontreis e expulsai-os de onde vos expulsaram, porque a perseguição é mais grave do que o homicídio. E combatei-os até terminar a perseguição e prevalecer a religião de Deus. Porém, se desistirem, não haverá mais hostilidades, senão contra os iníquos."
 Alcorão 2:191,193

"Infundiremos terror nos corações dos incrédulos, por terem atribuído parceiros a Deus, sem que Ele lhes tivesse conferido autoridade alguma para isso."
 Alcorão 3:151

"Está-vos prescrita a luta (pela causa de Deus), embora o repudieis. É possível que repudieis algo que seja um bem para vós e, quiçá, gosteis de algo que vos seja prejudicial."
Alcorão 2:216


Diante desse trechos, percebe-se o quanto a intolerância está presente nos escritos do profeta Maomé contra as noções que divergem das suas ideologias.


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