A recente identificação de 25 gangues de skinheads pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), em São Paulo, e a participação de movimentos de ultra direita no ato de apoio ao deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) no último sábado (9), na Avenida Paulista, colocam em debate a presença, cada vez mais evidente, de grupos neonazistas no Brasil.
Sem revelar pormenores, o delegado, que, no ano passado, alertou o senador Paulo Paim (PT-RS) sobre possível ataque, expressa preocupação particular em relação à proximidade com a Argentina, país escolhido por oficiais nazistas como refúgio após a Segunda Guerra Mundial. Sobre o perfil dos integrantes desses grupos, Jardim afirma que, em geral, são jovens entre 17 e 30 anos, de classes sociais diversas, movidos pelo ódio a judeus, homossexuais e negros. Ele destaca ainda que há diferenças entre os movimentos neonazistas do Sul e os de São Paulo. - De forma nazi mais pura, encontramos no Rio Grande do Sul. Em São Paulo, vemos uma mescla. Há pessoas que se dizem neonazistas, mas são negras, mestiças. Estão meio confusas na ideologia. Mas em São Paulo, as tribos são muito maiores. |
Os neonazistas são bem mais que meia dúzia, afirma delegado
Isaac Meneses
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