SOBRENOMES SEFARADITAS



 Sefarade significa Espanha em hebraico. Existem documentos que comprovam que os judeus desde o primeiro exílio já estavam na Espanha. Segundo Abravanel os judeus foram levados pela própria vontade para Espanha pelo rei Pirro. Foram israelitas das tribos de Benjamim, Judá, Shimeon, Levitas e cohanim.
 Na península hibérica que compreendia Portugal, Espanha e Sul da França, existiu a maior e mais prospera comunidade judaica fora de Israel.
Durante a perseguição inquisitorial católica, os judeus sentiram a necessidade se identificarem com seus ancestrais,  além da imposição dos reis católicos, os nomes foram sendo modificados paulatinamente e este costume durou séculos. Os sobrenomes para efeito de pesquisa foram divididos em toponímicos, patronímicos, ligados a profissões, nomes compostos, nomes bíblicos, etc.
Daí a grande variedade de sobrenomes judaicos no nordeste brasileiro. Israel precisa saber que os vinte milhões de árabes tão declarados por diplomatas israelenses preocupados. Não existe tanto motivo para esta preocupação, já que no Brasil existe uma multidão de mais de 80 milhões de  brasileiros de origem judaica, obviamente a grande maioria perderam a identidade, mas ainda são descendentes de judeus.
É necessário que o museu da diáspora em Israel se atualize. Seus dados estão defasados. E seria muito interessante e importante para  Israel que de alguma forma promovesse no Brasil uma aproximação destes milhares de descendentes a sua identidade primeira.
 O nordeste brasileiro é um campo onde Israel poderia conseguir muitos para fazer o processo de alyah, já que o país sofre com  o despovoamento de judeus que preferem não viver em zona de conflito. Os nordestinos que por anos são vítimas de preconceito por parte dos sulistas no Brasil, que servem de motivo até de piadas sem graça, encontrariam na identidade judaica algo para se identificarem e assim se sentirem importantes, já que nossa  cultura é tão rica e tão cheia de judaísmo, sendo fácil uma identificação.
 É comum ver nos rostos dos nordestinos que descobrem sua ancestralidade judaica, um fascínio que acaba numa grande paixão por Israel. Nestes tempos modernos, o povo assim como nos dias de Moisés, precisam de libertadores que os tirem da ignorância, e os devolvam a sua identidade. "Como disse um grande brasileiro e descendente de marranos, Rui Barbosa: "Quem não conhece seu passado não tem futuro". E assim quem sabe um dia chamaremos a nordeste da “Pequena Jerusalém”, assim como nossos patrícios portugueses chamavam Porto no passado, mas num novo momento, sem perseguição ou inquisição.



Davi Bem Avraham.

 
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